quarta-feira, 16 de novembro de 2011

De aniversários

Com essa história de escrever sobre mim e minhas observações - de que falei no post "Um olhar que apreende", no Guaraná com Canudinho e também pelo fato de estar lendo a autobiografia de Ágatha Christie - fiz de um tudo para conseguir me recordar dos aniversários de minha infância. Eu me recordo dos presentes que ganhava de uma de minhas madrinhas: quase sempre um corte de tecido. Presente que me garantia, pelo menos, uma roupa nova para o Natal, talvez.
E nessa procura de um aniversário para recordar, o primeiro que me lembro meeeeesmo foi o dos meus quinze anos.
Que emoção, poderão pensar, certo? Olha, que nada. Um fiasco!!! Nada de festa, nada de nada - direito.
Passei meus quinze anos numa cidade que não era a minha, numa casa que não era a minha, sem bolo, sem vela e sem festa alguma. Presente? Nenhum!
Uma decepção, confesso. Decepção, trauma não. Lembro com nostalgia. Tristeza leve, nada que se compare a um trauma sofrido da infância. Ó pobre coitada!!! A impressão que eu tenho é que naquela época pouco se importavam com esses lances de aniversário... e muito menos de aniversários especiais, como os de quinze anos.
Nessa época eu morava no internato em Dores do Indaiá (ex-colegas de internato ressuscitando no facebook, minhas gentes, vejam vocês, que mundo pequeno...).
Mas aí, nessa época, Dores era muiiito looonge de Patos e eu não vinha para cá em feriados, só nas férias. Uma alma caridosa convidava a gente (a gente, porque minhas irmãs eram internas também) pra ir pra casa dela. Foi assim que parei em Morada Nova de Minas e lá passei, em 1970, meus quinze anos.
Mas recebi um "presente" de aniversário bem cuti cuti: um gatinho, de nome Wilson, cantou pra mim "na festa dos seus quinze anos, mais uma vela se acendeu..." canção obrigatória para quem fizesse essa idade (cafonice mandou lembranças, mas era lindo pra época...).
E depois da canção, quando eu estava prestes a ganhar um abraço do moço, quiçá um beijo, o pai da moça da casa onde eu estava me chamou pra entrar (alôôôô).
Olha, o pai da colega estragou meu aniversário e nunca soube se ele soube que naquele dia/noite a mocinha aqui fazia quinze anos, assim... tão solitária.
Depois desses meus quinze anos, isso é bem certo, mas não sei se pensava igual antes dele, qualquer "festinha" que recebo, é lucro. E incluo em "festinha", os telefonemas, abraços, mensagens e presentes, por que não? Ficando mais velha, mas não mais burra.
Quem não gosta de ganhar presentes? Que atire um aqui, na minha casa. Grata!!!
Clap clap clap... parabéns pra mim... e fôlego, moçadinha, porque agora é muita vela pra soprar!!

Um comentário:

deusadovinho23 disse...

Prepara somente uma vela de interrogação.kkkkkkkkk