Tenho ficado ausente do Outras trilhas. Não gosto, mas também não tenho tido nenhuma ideia interessante, a não ser a ideia de postar as minha impressões do dia. Mas ó... ninguém me leria e eu seria a primeira a me dar baixa.
Além de extremamente cansada eu venho atravessando uma fase de "do nada" ficar mal-humorada. Tento entender o "porquê" disso e nada de encontrar respostas.
Fico o dia inteiro sozinha em casa trabalhando feito uma louca e até bem disposta, concentrada. Eu gosto de ficar só, não me aborrece. Gosto do meu trabalho, de verdade, apesar de reclamar dos clientes chatos.
Ligo o som do micro bem baixinho e nado no cantor ou cantora "bola da vez" (agora tô de Almir Sater, mas sou volúvel e mudo de paixão - de Amy Winehouse a Marcelo Camelo).
Aí tô eu trabalhando numa boa e de repente vem monte de símbolos $$$$ na minha cabeça pensante e preocupante e começo a me perder. A partir daí, meio que desencapo o fio da paciência ou do bom humor, mas só desencapo, não fico tão mal-humorada, vou levando. Mas sei que depois desse fio desencapado tudo pode acontecer.
E aí basta um telefonema imbecil e a vontade que me dá é atravessar o fio do telefone e estrangular quem tá do outro lado da linha e me diz pérolas como: "não precisa corrigir 'essas coisa' de português já que o orientador não viu mesmo. Fica mais barato, né? Pode só formatar" ou "mas para você ver o que eu preciso, não pode ser em outro lugar? Eu tenho que ir aí na suuuuuuua casa?"
Respiro fundo e mando mais ou menos, assim, ao primeiro: "Só trabalho se for desse jeito. E cobro pra isso. Se não quiser, te devolvo o arquivo e faça você mesmo" e pra outra madame eu respondo: "claro que tem que vir na minha casa para eu te atender, pois se é aqui que eu trabalho". Respondo isso, mas com vontade de falar outras coisas que né? Blog família, convenhamos...
E a partir daí meu humor cai desesperadamente. Não há Almir Sater que dê jeito.
Imaginem só eu contando todo dia casos parecidos com esses? Nem eu vou me aguentar.
Além disso há, ainda, a construção ao lado de minha casa, basicamente dentro de minha garagem, que não acaba nunca e suja tudo por aqui; a minha amada ajudante que adoeceu e não pôde vir, me sobrando roupa pra lavar e casa pra arrumar; o meu cabelo que tá estilo Maria Madalena arrependida e eu não acho hora pra cortar nem pra pintar... coisinhas chatas que me tiram o bom humor e a beleza (hô hô hô).
E no mais dizem que entrei no meu inferno astral. Já tava com um pé lá faz tempo. Dia 16 será que passa? Tomara, mereço esse presente. Enquanto isso vou me perguntando: quando é mesmo que começa o meu mau humor?
Se eu descobrir conto procês. De boa!!
Um comentário:
Rosana, acho que o problema do mau humor deve ser o ano de 2011. Nunca vivi um ano como esse, que qualquer coisa me deixa de mau-humor. E olha que sou bem tonta, daquelas que muito raramente responde as pessoas com grosserias. Sou daquelas que vive engolindo sapos.
Já procurei médico homeopata, psiquiatra, pq achei que estava bem doida! Mas pensei e acredito que algumas pessoas (não quero generalizar) não querem ter comprometimento. E isso que me deixa de muito mau-humor.
Como no seu caso. Querem que você realize o trabalho de qualquer jeito, ou seja não tem comprometimento em fazer algo bem feito, algo para se destacar, algo para se orgulhar. Isso me deixa muito P. da vida!!!
Bjos
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