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Comecei a ler Paula em 2 de outubro de 2011 e terminei ontem à noite, dia 30. Pensando bem, foi um tempo razoável levando em conta que estou atarefadíssima, tempo curto pra quem leu poucas vezes sentada à mesa ou na cama (jeitos mais confortáveis pra ler), e a maior parte do tempo, no trono. E olha... ler no trono é para os fortes, convenhamos...
De Isabel Allende eu conhecia - confesso - só o sobrenome e o filme "A casa dos espíritos" que já assisti e não me recordo quase nada. Quero rever, porque me deu vontade. Como me deu vontade de ler todas as obras de Isabel Allende.
Se alguém tiver pensando em algo pra me dar de aniversário, fica a dica (hô hô hô - mas não em edições pobres como essa que comprei, por favor rô rô rô).
Uma das coisas que mais gostei no livro de Isabel foi o jeito dela narrar a história de sua filha Paula, que ficou em coma, vítima de uma doença muito da estranha, inclusive o nome: porfiria. Isabel tem meu jeito de narrar as coisas (calma aí, gente, não estou dizendo que narro bem, como ela). Ela dá mil voltas pra chegar onde quer chegar e no meio das voltas conta outros casos. Ela se volta às lembranças da infância, juventude e vida adulta e faz várias narrações dentre de outra narração, se é que vocês me entendem. Amo isso!!
É muito bom dar voltas, sobretudo pra quem dá, sacumé? Nem sempre quem ouve ou lê gosta, mas quem escreve ou fala, ama. Eu amo as voltas dos outros, também. Desde que consistentes.
Paula é um livro triste, mas não tão triste como Carolzinha me disse ser ou que eu pensei ser. Mesmo a própria Isabel e outras pessoas afirmando que é tudo real, algo me diz que a autora deu umas viajadas dentre dessas viagens. Eu gosto e aprovo (petulância mandou lembranças...rs)
Esse é o tipo de livro que eu deveria ter lido com uma caneta por perto, mas não fiz isso e me arrependi. Tem uma passagem que Isabel fala sobre esperança e que eu queria deixar registrado. Procurei rapidinho agora e não achei. Também estou com muita pressa. Quando eu achar, eu deixo pra quem [?] quiser ler.
Isabel conta em Paula a história de uma jovem que viveu pouco tempo, sabendo que viveria esse tempo curto e que, talvez por isso, ou não... rs viveu intensamente; Paula teve uma vida plena, a meu ver, desde a infância até a morte (e conto sim, que ela morreu, uai... fiquei numa esperança que ela se salvasse... rs). Paula viveu cercada da família, e segura com tanto afeto. Teve um amor de verdade para além da morte, viveu cercada de histórias e esperanças de um mundo melhor. Lindo!!!
Paula me fez ter mais vontade ainda de ler outros livros - não só de Isabel Allende, como também de ler outras biografias ou autobiografias. Eu aprecio muito histórias reais. Creio que o enredo de algumas vidas é muito, mas muito melhor e mais instigante do que a melhor das histórias inventadas. Talvez seja porque eu gosto de gente. Gente real!!
Agorinha mesmo, retirei de minha estante [?] a autobiografia de Ágatha Christie, um livro que comprei há 555 mil anos, num tempo que comecei a não ter mais tempo e fui deixando pra lá. Limpei a poeira dele e abri pra ver se tinha uma data de aquisição, pelo menos. Tinha não! Mas tenho quase certeza que eu o comprei na época do nascimento de Laurinha, um pouco antes ou um pouco depois. Não importa. O que importa é que na primeira frase da primeira parte do livro, Ágatha escreveu assim: "Uma das melhores coisas que nos podem acontecer na vida é ter uma infância feliz. Eu tive uma infância feliz."
Promete, porque olha, livros que gosto não precisam ser necessariamente tristes, bastam ter conteúdo.
* Preciso contar que Carolzinha me disse, aliás, que ao ler o livro se lembrou de mim e não sabia exatamente o porquê... essa foi a indicação maior
Um comentário:
Q saudades de passar por aqui!!! Voltei de férias com muitas novis...tb so conheco A Casa dos Espíritos dessa autora...mas gostei do seu post.
Bjs e fik c Deus.
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