Pra mim um afeto – seja amigável ou amoroso-sexual-romântico – pode ser avaliado tanto pelo peso do silêncio como pelo teor de uma conversa; muitas vezes, mais pelo silêncio.
Quando estou com alguém e há silêncio entre nós, ele só é agradável se houver possibilidade de mantermos uma boa conversa; caso contrário esse silêncio tem peso maior que um grito ou o barulho chato de uma balada funk (é, não gosto de funk) com milhares de bêbados em volta (também não gosto de bêbados, fazer o quê?).
Na época do maior romance que tive – de intensidade e tempo – o silêncio foi o termômetro daquele afeto. Sempre que me reporto à palavra “silêncio” eu me vejo analisando aquele tempo, aquele homem e aquele amor que vivi.
Quando viajávamos, por exemplo, a conversa rolava solta; as risadas... e, depois, havia um silêncio intenso entre nós, um silêncio bom, que era quebrado por um carinho, um beijinho no rosto (não podia muito mais, pois ele dirigia... rs).
E, do nada, como que combinados, aquele silêncio era interrompido por uma conversa boa que tanto podia ser sobre nossa filha (só tínhamos uma na época dessas viagens que cito como exemplo dos silêncios bons), nosso casamento, os amigos comuns, o trabalho ou nossos sonhos. E essa quebra do silêncio sempre me parecia adequada, muito bem sintonizada: “da hora”, digamos assim.
O tempo foi passando e o afeto que existia entre mim e meu, até então, marido foi dando lugar a outro sentimento e, com ele, o silêncio foi ganhando peso, parecendo grito, balada funk e blablablásss...
Percebi, e a cada dia estou mais certa disso, que “a medida” de nossos silêncios – assim como as de nossas conversas – sinalizava, também, a temperatura e morte de nosso amor; de nosso afeto.
Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “silêncio”.
Minha sugestão para o próximo tema: “vícios, manias ou TOCs”, seja lá que nome se dá a algo que não tenho (pouco... rárárá).
Quando estou com alguém e há silêncio entre nós, ele só é agradável se houver possibilidade de mantermos uma boa conversa; caso contrário esse silêncio tem peso maior que um grito ou o barulho chato de uma balada funk (é, não gosto de funk) com milhares de bêbados em volta (também não gosto de bêbados, fazer o quê?).
Na época do maior romance que tive – de intensidade e tempo – o silêncio foi o termômetro daquele afeto. Sempre que me reporto à palavra “silêncio” eu me vejo analisando aquele tempo, aquele homem e aquele amor que vivi.
Quando viajávamos, por exemplo, a conversa rolava solta; as risadas... e, depois, havia um silêncio intenso entre nós, um silêncio bom, que era quebrado por um carinho, um beijinho no rosto (não podia muito mais, pois ele dirigia... rs).
E, do nada, como que combinados, aquele silêncio era interrompido por uma conversa boa que tanto podia ser sobre nossa filha (só tínhamos uma na época dessas viagens que cito como exemplo dos silêncios bons), nosso casamento, os amigos comuns, o trabalho ou nossos sonhos. E essa quebra do silêncio sempre me parecia adequada, muito bem sintonizada: “da hora”, digamos assim.
O tempo foi passando e o afeto que existia entre mim e meu, até então, marido foi dando lugar a outro sentimento e, com ele, o silêncio foi ganhando peso, parecendo grito, balada funk e blablablásss...
Percebi, e a cada dia estou mais certa disso, que “a medida” de nossos silêncios – assim como as de nossas conversas – sinalizava, também, a temperatura e morte de nosso amor; de nosso afeto.
Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “silêncio”.
Minha sugestão para o próximo tema: “vícios, manias ou TOCs”, seja lá que nome se dá a algo que não tenho (pouco... rárárá).
7 comentários:
Bem vinda à Postagem Temática! =D
Interessante o modo como o silêncio pode indentificar tipos de diferentes de sentimento...Seu texto deixou essa característica mútavel do silêncio bem evidente..
Ah, já atualizei lá o Sintonizados.
Só faltou uma coisinha, colocar as palavras "Postagem Temática" ao lado do título! mas na próxima tu faz daí, =)
espero que continue participando.
bjo!
Merreca que não tem "silêncio no afeto" nos sites de midi...
Rafael, obrigada.
Eu vi depois que não coloquei "Postagem temática", mas já ajustei...rs
Espero também continuar, a ideia é muito boa.
beijossss
Que bacana o post. Também quero participar.
Achei forte o que escreveu. O silêncio como termometro de uma relação... um silêncio que não faz sentido se não pode ser falado depois. Curti!
Abraços e bem vinda ao blog sintonizados
que bonito.
que triste.
Silêncio combina com carinho. Fato.
Mas fiquei pensando enquanto lia o post, mainha, que tenho uma certa dificuldade com o silêncio...
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