segunda-feira, 23 de março de 2009

Igor, o que se achava*

Igor era meu chefe, um dos meus chefes, porque no Banco onde eu trabalhei era assim: você dava um tiro pra cima e acertava num chefe. Mas esse aí tinha um cargo maiorzinho, era supervisor do setor, no tempo em que eu morava lá no Espírito Santo.
Eu sempre soube que Igor era um paquerador, super paquerador, que não se incomodava com o alvo: morena, loira, casada, solteira, velha ou nova; sendo mulher, valia.

Eu e meu marido frequentávamos a casa dele; ele e a mulher, a nossa; nos reuníamos na AABB e noutros lugares para um bate-papo, festas, jogos de truco, canastra, buraco, bocha e blablablás.

Nem sei se Igor estaria na minha lista de pessoas de quem trataria aqui neste blog, mas ontem à noite eu decidi que sim, que Igor poderia ser temática, assim que li o post de meu filhote Rafa, lá no
Quem dera eu fosse um músico e me vi idiotamente também sem saber muito isso de cantada e tal: quando estava sendo cantada por alguém ou quando era impressão minha. Eu era e sou meio lesada pra isso. E nunca também achei que ninguém me cantava ou cantaria. Sempre fui brincalhona, cheia de amigos, mas muito séria e pudica (tá, há quem não acredite, fazer o quê? rs).

E como toda mulher séria e pudica, além de casada, não me imaginei alvo de ousadia de nenhum homem, por mais sem-vergonha que ele fosse, sobretudo de um colega meu, casado, e eu amiga da mulher dele.
Na verdade, este post é mais sobre como eu me comportei - idiotamente ou ingenuamente, sei lá - numa noite, do que sobre o desrespeito de Igor, o que se achava. Ri muito agora, ao me lembrar, mas no dia eu fiquei meio pirada, estranha...

Estava eu, na AABB dançando com meus colegas, numa boa, numa festa de não sei o quê lá. De vez em quando eu dançava com o maridão, outra vez sozinha, noutra hora com um ou outro e tal e tal.
Não rolava isso de ciúmes entre mim e meu marido, não naquela época em que eu vivia um casamento feliz e harmonioso. Confiávamos um no outro muito, muito.

Ai, numa hora, o maridão lá com os pés em cima de uma das mesas, na boa, fumando tranquilo e eu dançando com o Igor. Sei que eu tava com uma blusa aberta nas costas (nessa época eu até podia, moçada, nem tinha essas banhas sobrando de hoje...) e dançava com o garanhão. Quando eu ficava de frente pro meu marido eu “achava” que a mão do Igor corria diferente pelas minhas costas... hahaha Como eu era imbecil!!! Sei que nesse acha e “desacha” eu demorei tanto pra ter certeza – cerca de umas cinco voltas -, que o filho da mãe foi mais esperto e pimba: num é que o sujeito veio com aquela mão de trezentos e cinco dedos e pegou de jeito assim numa das partes-da-frente-das-minhas-costas???

Eu dei um pinote pra trás e na hora tive que arrumar uma desculpa muito boa porque todo mundo me olhou.
Eu não me lembro o quê exatamente falei pras pessoas. Sei que no outro dia eu resolvi contar pra um dos meus colegas, em quem eu muito confiava, o ocorrido e não tive dúvida: claro que na minha demora em definir se tinha uma mão boba nas minhas costas ou não, Igor certamente pensou: “ela tá gostando, vou mais...” e foi, e eu me ferrei total.
Claro que nosso relacionamento nunca mais foi o mesmo, inda mais porque Carlos (o colega com quem conversei) deu uma “chamada” no Igor dizendo sobre o fato dele não saber distinguir uma mulher direita duma vagaba.

Muitos anos depois, eu já trabalhando aqui em Patos, fiquei sabendo que Igor se envolveu num "babado fortíssimo" com o marido de uma mulher com quem ele tinha um caso, numa cidadezinha do interior do Pará. Algo parecido com um duelo, depois que o marido traído descobriu a safadeza.

Sei não... tem homem que se acha, e esse nem era bonito, nem nada... apesar de sempre ter uma amante de plantão... vai ver tinha a coisa doce.

Mas comigo não violão!!!! Gosto de exclusividade, ou da ilusão de...
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*Na verdade o título do post também poderia ser: Rosana, a lesada!
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7 comentários:

Helô disse...

Minha amiga! Babado forte esse, pois muitas vezes,por sermos corretas demais, não imaginamos que um babaca desses vá tentar algo justamente "comnóis".

Jorge, FLÁVIA disse...

forte mesmo o babado ai... rs
e a senhoUra, toda pudica, não imaginou que o safado estava se engraçando pro teu lado... rs

"Mas comigo não violão!!!! Gosto de exclusividade, ou da ilusão de..." bom, muito bom.

Vera disse...

Exclusividade.

Tô querendo isso.

Primeiro, tenho que ter o namorado. Risos.

E sabe? Eu acho que ninguém me paquera. Sério. Eu sou lesada... mas neste caso, acho que realmente não sou paquerada. Tsc. Bom, mas tenho esperança =))

Beijos.

Rosana Tibúrcio disse...

Helô, achava que só euzinha era assim, desligada...

Flavíssima, mas não é bom a tal exclusividade? Tudo ou nada.

Moça do fio, jura isso que ninguém te paquera? Cê acha, né? Eu era assim também e perdi uns lances interessantes, não desse imbecil, mas de outros. Fique atenta e logo logo um bicho bão aparece... hehe
Sorte.

Meninasss pudicas!!!

Luana Portela disse...

Rosana gostoosa!
HDFSAUHDASUKLDHASLKUDHASJIDASILASJ
[com todo respeito, viu?]

Rafael Freitas disse...

"fiquei sabendo que Igor se envolveu num "babado fortíssimo" com o marido de uma mulher com quem ele tinha um caso"

Juro que pensei que ele tinha ficado com o cara!
haha

Rafael Freitas disse...

Ninguém em paquera tb, Moça do Fio..
Ou eu que não percebo. Porque, cê sabe, né?! Filhote de peixe... rs