terça-feira, 9 de julho de 2013

Prontidão e expectativa

É cediço (alô meu tempo de estudante de Direito) minha ojeriza por autoajuda. Detesto mesmo!! Mas há autoajuda e autoajuda. Estou lendo, há mais de cinco semanas (porque se fosse 50 tons*, que é sacanagem, já teria terminado), o livro "A cabana", de William P. Young, que esbarra um pouco, a meu ver, nessa categoria autoajuda. Porém, é um livro interessante. Recomendo.

Mas não é bem do livro que quero falar. Quero falar de amizade. De amizades que se desfazem ou maculam porque houve mudança de comportamento de uma das partes que refletiu na mudança da outra parte. Uma das partes: os prováveis ex-amigos; outra parte: eu.

No livro "A cabana" o autor fala de amizade verdadeira e de amizade, amizade. Sobre a amizade verdadeira Young afirma que os amigos estão sempre de prontidão: para tudo. E que na amizade não verdadeira, os amigos criam expectativa.

Sempre pensei assim e nunca consegui me expressar dessa forma que me parece tão clara. E bem antes de ler esse fragmento do livro eu senti mudança em relação a algumas amizades. Houve um fato, fiquei de prontidão para ouvir motivos ou mesmo explicar o que senti, mas não houve oportunidade. A partir do impacto "sofrido" passei a criar expectativa e percebi que algo havia se desfeito.

O pior não é isso, o pior é que aconteceu mesmo com três, vejam vocês, três amigos. Em grau maior ou menor, o "choque", mas aconteceu. Da prontidão passei a criar expectativa. Uma pena. Mas se tem algo que torna o caminho da prontidão para a expectativa facim facim deu percorrer é um amigo verdadeiro ser grosseiro, grosseiro de novo ou zombador para comigo.

A minha sorte é que outros tantos amigos passaram da fase expectativa para prontidão. Creio que é assim que se solidifica uma amizade verdadeira. Mas creio também, que nenhuma substituirá aquelas que se foram, haverá sempre um vazio...

A amizade verdadeira poderia ser eternas, né? Se bem que nem a verdade é para sempre. Mas poderia ser. Assim, como o amor. Epaaaa... peraí, o amor, também, não é eterno.
Mas isso é papo para outro post...


* sim, eu li os três 50 tons e ó, podem se suicidarem, pois adorei. Mal escrito? É. Exagerado? É. Mas gostei. Enfim, talvez eu perca algum amigo. Mas aí você nem era meu amigo verdadeiro, ficou criando expectativa a meu respeito. Bem feito!!!!! hahahaha

5 comentários:

Café e Anfetaminas disse...

Eu amei o post... Não ha nada que canse e frustre mais do que criar expectativas.
Voce é uma amiga incrivel, que sempre me ouviu entendeu apoiou quando precisou e discordou quando precisou tambem, gosto das coisas que me ensina e sempre tento coloca-las na minha vida e se pra sempre existir, quero que nossa amizade seja assim, pra sempre.

Tamo junta em 50 tons!!!

Rosana Tibúrcio disse...

Tamos juntas em 50 tons, nos e-mails... hahaha nas dicas, no incentivo de: vá em frente!!!


haushushuahs

Unknown disse...

Esses dias aconteceu uma coisa muito curiosa comigo e com meus novos amigos (novos porque eu tenho amizades de mais de 10 anos e esses ainda tem 1 e meio). Eles pela primeira vez me viram chorar e viram que eu precisava de uma ombro. Após esse ocorrido, uma amiga desse grupo me disse:"Eu tinha uma expectativa de nunca ver você chorar pois sempre o víamos sorrindo. Agora que eu presenciei seu choro, eu sei que você confia na gente... e que nós somos agora seus melhores amigos." Engraçado, eles criaram uma expectativa que queriam que fosse quebrada. Eu gostei, mas me senti surpreso.

Rosana Tibúrcio disse...

Que bacana seu relato, Felipe. Acredito tanto nessas amizades. Nas de rir e chorar junto.
beijos

Vanderley José Pereira disse...

Eu sou amigo de prontidão, de precisão e de exatidão, Sua óTTTima.