quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dos palpiteiros virtuais...

A internet tem me mostrado um monte de coisas em relação às pessoas e ao comportamento que elas têm com a vida alheia. Nada tããoo diferente do que percebo na vida real; a diferença está no número elevado de palpiteiros virtuais - bem maior do que os reais - e na intensidade que as coisas chegam até a minha digníssima pessoa. Na imposição.

Há quem diga que se alguém está numa rede social, está no play e, se está, tem que saber brincar. Não concordo com a intensidade e imposição dessa assertiva. Como se houvesse uma regra única para que todos usem o "play". Concordo nunca!!!

É possível identificar nas redes sociais quem é desagradável por natureza, quem se esforça para ser desagradável com determinada pessoa, quem é gentil, quem se esforça para ser mais gentil... Isso tudo é possível, assim como na vida real. É possível - veeejaaam-sóóó-queee-booom - separar os intrometidos dos que sabem verdadeiramente brincar.

O play existe, a brincadeira existe, mas por que as regras precisam ser dispostas pelos mais desagradáveis? Por quê??? Se alguém conseguir justificar essa "teoria" com bons argumentos, com embasamento indiscutível, com fundamentação científica (oi senzala intelectual!!) eu saio do play.

Até que alguém me prove essa teoria fajuta (jura que vai?) continuo acreditando que as redes sociais - sobretudo o facebook - refletem, de algum modo, o que as pessoas são na realidade. Digo de "algum modo" porque nem sempre os que dizem tudo numa rede social, dizem tudo na cara do outro, na vida real. Normalmente esses "corajosos" que, nas redes sociais, expõem com ênfase pontos de vistas ridículos, que se metem em conversa alheia,  que "impõem sugestões" sem serem requisitados, que têm sempre uma crítica na ponta do dedo que digita monte de merda, não fazem o mesmo na vida real. Não fazem porque são uns cagões que se enchem de coragem apenas longe do 'objeto' que pretendem atingir. Afinal, tête-à-tête raros são os corajosos. Afinal, na vida real não se faz tudo que se pensa e deseja. Ninguém é tão insano assim!!!

Se compararmos a vida real com a virtual... tudo cai por água abaixo. Basta observar...

Há quem entre em casas alheias - façam uma analogia com os murais alheios do facebook - e sente vontade de dizer que nossa mesa é feia, que a parede está descascada, que você está estranho e mal vestido, que seu cabelo não ficou  bom - tá branco e com cabelo branco você é infeliz e não tem namorado -, que seus medos são ridículos, que você não pode matar uma bruxa porque não se mata uma bruxa, pois é bichinho  inofensivo (urgghh)... que... que... Há quem sente vontade de dizer tudo isso, mas não diz. Não diz por uma questão bem simples: sabem que nem tudo pode ser dito, sabem que não têm nada a ver com a vida do outro, sabem que não é de bom-tom. Claro que esses babacas não se seguram de vez em quando e soltam merda. Mas é bem de vez em quando e são poucos os que fazem isso longe de um computador.

Mas se na vida real essas pessoas se aquietam por precaução, educação, falta de coragem ou seja lá o que for, sentem-se, infelizmente, poderosas num teclado qualquer, distante do objeto de ofensa e dizem tudo o que querem, sem um pingo de bom senso. E olha que estou me referindo a "amigos da rede".

Nenhuma forma de convivência - virtual ou real - justifica invadir a vida do outro, dar palpite, se meter onde não é chamado, criticar a posição do outro, criticar e achar solução para medos alheios, assim, num comentário e sem ser requisitado. Não é porque alguém está no nosso facebook que pode dizer tudo que pensa. Não é porque alguém foi convidado para entrar na nossa casa que pode abrir a nossa geladeira e criticar o que comemos; abrir o guarda-roupas e rir do que vestimos; ouvir nossos medos e determinar que precisamos de terapia sem saber nosso histórico nessa área.

As pessoas perdem a noção. Quer dizer, não perdem, elas não têm. Só que na vida real essa identificação é mais demorada. Mas detrás de uma máquina são bem corajosos. No fundo, no fundo, são uns cagões, repito.

Tenho aprendido muito isso na internet, sobretudo por meio do meu facebook. Não tenho gostado.

Tanto na vida real, como na virtual ninguém é obrigado a concordar com tudo que somos, pensamos e vivemos, mas também ninguém precisa dizer que não concorda com nosso jeito de ser/pensar/agir, sobretudo, se não é solicitado. Se o facebook tivesse como objetivo incentivar debates e discórdias haveria uma opção de "descurtir" para os chatos de plantão.

Na minha forma de entender as redes virtuais são para unir as pessoas: conhecidos, amigos e parentes; são meios de entretenimento em que cada um dita a regra da sua brincadeira; no caso do facebook: as regras do próprio mural.

Não são vocês, palpiteiros virtuais, que vão dar o tom da minha brincadeira. Nem da de ninguém. Bora tomar tenência????

6 comentários:

Jessica - 05 anos. disse...

Ameiiii, mas ó, muito.
O play é nooosso, descemos e brincamos da maneira que for melhor.
Viva meus 5 anos!
Detesto essas pessoas que vem botar banca no face alheio. To contigo!

Helô disse...

Pra bom entendedor...meia palavra basta.

Gostei. É bom soltar o verbo vez ou outra, né.

Helô

Rosana Tibúrcio disse...

E vocês duas sabem que não estão incluídas nessa turma imbecil, não sabem???
Então... suas lindas...rs

Rosana Tibúrcio disse...

Ai, gente, revisando aqui o texto e ó... hahahahaha "entrometidos" foi o pior erro até agora.
Bem feito pra mim!!! rs

Vanderley José Pereira disse...

curti o texto , e nao curti, e nao curto, os bicões do facebook!

Vanderley José Pereira disse...

curti o texto , e nao curti, e nao curto, os bicões do facebook!