quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vinte e oito anos erradinhos

Vinte e oito anos que eu tenho e o mês que vem faço vinte e nove, ué. Por que me perguntam isso e assim, com essas caras de deboches? Foi o que eu disse, um dia qualquer, pra alguns colegas da minha equipe lá do BB. Ouvi, em resposta, um bocado de risadas rEdículas.
E um dos colegas ainda retrucou: não sabe nem fazer conta, né Rosana? nasceu em 55, fará então, vinte e oito anos, mas neeeeste ano...
Foi assim que siasucedeu, minhas gentes, euzinha aqui, por quase um ano inteiro, errada com a minha idade.
Nem era um tempo atribulado na minha vida, ao contrário. Casada cuti cuti, trabalhando onde gostava, filha grande – e única, na época – com saúde, situação financeira controladinha: era feliz.
Mas sabem aquelas ousadias só permitidas aos mais jovens e confiantes? Eu era assim, sempre com cara de mais nova do que na realidade era, nem complicava muito a vida com esse babadinho de “quantos anos eu tenho? Nem conto.” Chegava lá pro mês de março, de cada ano, eu já incorporava a futura idade... e assim ia levando.
O detalhe é que nesse ano específico: 1983, eu encasquetei que tinha vinte e oito de veer-daa-dee e até em formulários oficiais preenchi essa informação. E foi assim que descobriram a minha falha...

Mas, enfim, o que eu quero dizer em relação a esse ano específico e a esses vinte e oito anos, é que, de uma hora pra outra, não sei bem exatamente a partir de quando - mas desconfio - aquele costume que eu tinha de adiantar minha idade antes do meio do ano, acabou.
De uns tempos pra cá, talvez a partir dos meus cinquenta, eu só mudo de idade depois das 23h30min, hora que me informaram ser a do meu nascimento. Portanto, até às 23h29min do dia 16 de novembro de 2010 eu tenho 54 anos e ai de quem me contrariar...
Admito, apesar dessa picuinha aí, que presentes* aceitarei a qualquer hora e dia, antes ou depois da marcadinha aí, o negócio é comemorar e ganhar.
Pena a comemoração não ser mais como aquelas dos meus vinte e oito anos, daquele tempo interessante e feliz... Mas é a vida, fazer o quê???.

* vai rolar uma lista estilo: trinta presentes que gostaria de ganhar – é sério, minhas gentes!!!
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