quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Ú"lcera, minha senhora

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Sentiu um certo desconforto desde a hora que levantou: suor frio, um pouco de tonteira.
Tentou o dia todo produzir o programado. Era só terminar aquele trabalho e na hora da entrega: arte pra lá, grana pra cá...
Contas então seriam pagas. Pensar isso dava um certo alívio em meio àquele mal estar. Não conseguiria pagar todas, umas duas só, melhor que nada.
Mas ficou dia inteiro se arrastando, um peso dos anos nas costas, cabeça... e, por certo, no coração. É, coração pesado, pensava quando a dor permitia.
Passou resto do dia com um nó no estômago, sem conseguir comer nada, mesmo assim, sentindo um peso pesado, bem ali...
À noite, resolveram levá-la ao médico, que logo deu o diagnóstico: úlcera, minha senhora.
Doutor que tanto estudou nem por perto acertou o nome de sua dor, saiu dali pensando.
Ao chegar em casa, deixou remédios bem perto das fotos e cartas dele que ainda guardava e suspirou...
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3 comentários:

Helô disse...

Que lindo isso Rosanita! A dor d'alma nunca é diagnosticada, né! Tanta coisa pra falar contigo!!! Bj

Rafael Freitas disse...

E se não cuidar, o que será que a tal úlcera viraria?

Rosana Tibúrcio disse...

hummm!