segunda-feira, 24 de maio de 2010

Festejar no céu pra quê?


Hoje é aniversário de Patos de Minas, dia 24 de maio. Essa data é bem marcante na minha vida, nela toda.
Inclusive foi nesse mesmo dia, no ano passado, que arrombaram minha casa e levaram minha tranquilidade... (mas vamos passar esse fato pra frente, ou pra trás, sei lá).
Mais lááá no passado, no mais passado ainda, quando eu criança, me lembro desse dia com saudade e tiquim de angústia, só por um detalhe, que não é beeeeem detaaaaalhe, é um horror na vida de qualquer pobre-criança-cagona-com-medo-de-tudo-que-é-estranho-inatingível-e-barulhento: esquadrilha da fumaça.
Pra quê esse trem em cima da cabeça da gente, fazendo barulho de fim de mundo??? Fala sério!!! Palhaçada isso de ficarem desenhando coisas no céu com fumaça.
Houve uma época que me levavam pra ver essa joça, creio que obrigada mesmo, e eu ia. Só pra quase morrer de medo, a cada ano. Tranquilidade, alegria infantil em dia de festa? Mandaram lembranças.
Não sei o que me dá, mas isso de avião passar sobre minha cabeça é algo que me tira do prumo. Aliás, nos meus piores pesadelos (daqueles da gente dormindo) tem isso de avião passando por perto e explodindo lá na frente. Acordo, exausta, coração soltando pela boca, um tanto aliviada, porque a explosão foi lá na frente, mas com desejos assassinos de, se pudesse, matar Dumont e todos seus descendentes (velho louco, não podia ter ficado só no reloginho de pulso??).
Agora, tava eu aqui, lendo umas coisinhas, curtindo o feriado da cidade (impressionante, como o clima, o ar, o tempo, indica que é dia de “festa”) e eis que ouço barulhos de avião.
Aí eu me lembrei desse tempo lá atrás, das esquadrilhas de fumaça que eu assistia “obrigada”, e que resultaram em sequelas horríveis na minha personalidade de mulher-sensata-equilibrada-e-de-bom-senso. Além de uma dúvida cruel: não sei se o medo que eu tinha de chuva, era porque os trovões me lembravam aviões; ou se o medo de aviões é porque me lembravam os trovões (medo de chuva? isso é papo pra outro post).
Pago nem um centavo pra psicólogo nenhum resolver isso pra mim. Não resolvem mesmo, bem que tentei (isso também é papo pra outro post). Afinal, aqui é cidade do interior, nem tem muito avião cruzando nossos céus; esquadrilha da fumaça é só uma vez por ano e de trovões nem tenho mais medo tanto rs. Posso deixar passar, pesadelos tenho tido poucos, pelo menos...
Mas que é uma besteira isso de usar céu pra comemorações, ahh isso é! Pés no chão, patenses: vamos cair na real.

8 comentários:

www.hojesempremelhor.blogspot.com disse...

...mas com desejos assassinos de, se pudesse, matar Dumont e todos seus descendentes (velho louco, não podia ter ficado só no reloginho de pulso??).
Vc não sabe o quanto ainda tô rindo com sua indignação. Essa frase valeu pelo texto todo (que, aliás) tá ótimo! Beijos

Rosana Tibúrcio disse...

Coisa boa é amigo bom. Um dos piores textos do Outras trilhas, quase exclui, mas a amiga gostou. O Santos salvou o babadinho.
Valeu, Helô!!

Rosana Tibúrcio disse...

Acontece que, depois de dois intensos meses de linguagem acadêmica, SI de manhã à noite, e sem tempo de caminhar por essas trilhas, quero mais é falar asneira, sacam?

Posso?
Obrigada!!!

deusadovinho23 disse...

Também tenho horror a esquadrilha de fumaça.Mas meu medo maior é de raio e trovão,aiaia,ainda tento esconder debaixo da cama mas hoje se fizer isto não consigo depois levantar.rsrs

Divagações, pão e circo disse...

adorei o Mandou Lembranças... posso usar?

Rosana Tibúrcio disse...

Claro, eu peguei da Patricia do blog "te amo, porra" de boa, mas ela sabe... rs

Rosana Tibúrcio disse...

É, esconder debaixo da cama é complicado, melhor debaixo da mesa, sá...rs

Rafael Freitas disse...

Gente! Eu ssmpre achei lindo a esquadrilha da fumaça!

Quando eles passavam bem baixinho então, quase tocando o topo dos coqueiros da praça bordamatense?! Muito legals!

E era também na festa da Corda!