"B"LincadeiLa

Das brincadeiras de infância, da minha infância, muitas não existem mais, bem sei.
Nada mais natural, pois mudanças ocorrem pra tudo que é canto, por que não nas brincadeiras de criança, certo? Não, não nesse caso!!
Como assim, as meninas de hoje não sabem mais o que é brincar de roda? Como elas vivem a infância sem essa atividade? Nem vou dizer aqui das canções que elas preferem, porque aiiiii... Ana Clara, irmã de minhas filhas e com cinco aninhos, é fã do Luan Santana, por exemplo, (meu Jesus Cristinho, dê cá trinta metros de corda, favô).
Mas... voltando ao papo das brincadeiras, e de meninas de hoje não brincarem de roda... é como se os meninos não brincassem mais de bolinhas de gude. Ou estou enganada e eles brincam? Por falta de buraco no asfalto é que não é (mas isso nem é papo pra um blog-tô-aqui-pra-quase-nunca-falar-de-política-e-bandidagem).
Não gosto muito dessa história de que “no meu tempo era melhor” – nem é disso que falo, porque no meu tempo nem era tãoooo assim. Houve inúmeras mudanças e, convenhamos, pra melhor. Como sobrevivi, por exemplo, sem internet e celular?
Mas... sobre isso de brincadeiras de crianças penso que a coisa deu uma piorada. Nem falo aqui, também, de subir em árvores e afins. Eu nunca subi numa árvore, porque medrosa que só, mas tinha milhares de outras brincadeiras pra “trabalhar”.
A impressão é que no meu tempo (aqui vou dizer assim, não sei como me expressar diferente), as brincadeiras de rodas e as de bolinhas de gude representavam o colorido que as brincadeiras atuais não têm.
Hoje é tudo mais preto e branco; padronizado; com início, meio e fim perceptíveis.
No tempo de ontem, programada era só a hora de começar e terminar as brincadeiras (que era um porre, vamos combinar – nem tudo é perfeito), porque do resto era o inesperado que ditava as regras...

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