Lígia e Brasília

Foi Lígia quem me fez ter vontade de conhecer Brasília. Mas conhecer Brasília sob um aspecto um tanto instigante.
Ela dizia: "em Brasília você pode trair seu namorado com o irmão dele e ninguém descobre, porque lá há infinitos lugares para se esconder."
E olha que ela dizia isso num tempo em que os namoros nem passavam dos beijos “calientes”. Bem lá no meu tempo de jovem.
E Lígia contava que em meio àquelas quadras todas e aos imensos jardins, tudo ficava mais fácil. Era pegar um ônibus e pronto: lá estava ela (sa-fa-da) com o cunhadinho. De uma asa a outra, Lígia batia as suas e voava...

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Quase sempre que vou à terra dos homens (é assim que falo da Capital) eu me pego pensando naqueles casos que Lígia contava e nas fotos que mostrava: cada uma mais linda que a outra e sem aquelas opções de ajustes, como se tem hoje. Era tudo muito claro: o sol, o verde, Lígia e seu cunhado... meio que contrastando com a traição que ocorria...

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E eu penso a Capital sempre assim, com muita luz, céu límpido: claridão; nem quero saber se lá tem porrada daquela espécie de gente tão traidora (mas isso é papo pra outro blog, porque detesto falar de políticos...)

Penso Brasília muito bonita, em meio às lembranças de Lígia e suas traquinagens juvenis; pois é na terra dos homens que mora a minha filha Marina: meu sol. (E Nina é papo pra toda vida e outros inúmeros posts).

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