sábado, 6 de outubro de 2007

Sobre como nem toda perda é ruim...

Estava lá no blog de Mahhh e li um texto dela sobre a "dor da perda", fiz um comentário sobre como vejo isso de um outro aspecto...
É uma das minhas verdades.
Para mim, muitas vezes, perder alguém, alguma amizade, amor... algo assim... nem sempre é uma perda.
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Há alguns meses eu perdi o contato com uma pessoa que me era muito cara. Por escolha dessa pessoa eu deixei de ser importante. Quer dizer: eu nunca fui importante. E na verdade, agora depois que processei essa "dor" foi tão claro perceber que o que eu perdi foi o contato, eu não tinha o carinho dessa pessoa nem o amor nem nada. Se tivesse não perderia. Perderia só o contato, mas não o sentimento.
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Fico meses, anos sem contatar pessoas queridas e sei bem que sou delas e elas são minhas gentes. E não foi o caso.
E é neste aspecto que a perda tem o lado positivo, pois perdi o contato com uma pessoa que usava a minha pessoa, que me fez amá-la sem que merecesse o meu bem-querer.
E essa mesma pessoa já ficou algum tempo, por várias vezes, sem ter contato comigo, mas por outros motivos alheios à nossa vontade.
Mas depois, mas agora dessa vez, foi escolha, e escolha falada, dita com todas as letras.
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Hoje não sofro mais, mas sofri porrada.
Mas gente, eu não falo aqui de sacanagem, amores sexuais e pararásss... a coisa era bem mais complexa e verdadeira para mim.
Por isso foi difícil todo o processo de entendimento da tal perda.
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Hoje eu me sinto livre e mais solta pois sei que não tenho mais com o quê me preocupar; já que eu não sou mais motivo de preocupação... já que não sou mais parte "difícil" na vida do outro.
Perdi o contato e, agora, já não terei mais horas de conflito, irritação e tentativa de ajustes amigáveis. Uma luta inglória, na época.
Hoje, a "glória" é saber que não há mais nada a perder...
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E que Deus me livre e me guarde de encontrar outras pessoas tais como...
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3 comentários:

Anônimo disse...

Como é bom vir aqui e ler isso assim, de forma tão bem resolvida!
Eita que a admiração pela sra é grande demais!

E me ensina, por favor, porque tem uma pessoinha que eu considerava ser "rico" de ter comigo que escolheu me deixar sem notícias, sem papos, sem o carinho bacana que existia... Ou que eu pensava que existia... rs

Rosana Tibúrcio disse...

Ah, tenho uma receita.
Se nos mandou pra pqp, temos mais é que ir mesmo. Certamente é lugar melhor que a tais pessoas se encontram.
Nós somos do bem, filhote, juro que somos e tem gente que não "dá conta" da gente, prefere o medíocre.
Juro que não é dor de cotovelo, é constatação, apenas.

m disse...

de extremos. eu sou também. mas sei lá. diferentemente de vocês eu aprendi a lidar com perdas de outra forma, é chata, mas foi assim e não sei fazer diferente (aberta estou, para qualquer outro aprendizado que seja mais legal - porque esse não foi tanto assim).
eu interrompo as coisas antes do fim, é a minha forma insensata de dizer adeus. não quero nem ter tempo de pensar se foi ou não válida a experiência, sou egoísta: quero guardar tudo de bom pra mim enquanto ainda o tenho.. chegar aos finalmentes podres não é a minha especialidade - mesmo que isso signifique interrupções.
e só. beijos, tantos!