sábado, 6 de outubro de 2012

Um sábado sem prumo



Raciocinar, analisar, estudar, orientar e colocar meus pensamentos num texto acadêmico eu até consigo fazer muito bem. Varo dia e noite, se preciso.

Mas...sinceramente? Meu corpo já não me obedece mais quando estou na senzala doméstica; quando preciso limpar de baixo de uma cama, por exemplo.

A minha cabeça dói absurdamente depois que faxino os dois banheiros principais da casa (que se dane aquele lá de fora) e sei que ela dói porque é companheira e não quer deixar minha coluna e minhas pernas doendo sozinhas. Algo acima do pescoço também tem que doer, por que né??

Depois de varrer todos os cômodos da casa, meu estômago embrulha porque sei que é preciso passar dois panos em cada um desses lugares. E... nesse tempo, é preciso lavar esses panos por quase quinze vezes. Comigo não rola isso de carregar balde para limpar pano. Vou é para o tanque mesmo, a cada lavada.

Em seguida tem as tais flanelinhas me esperando para limpar os móveis, os ventiladores, os portas-retratos e toda a sorte (oi??) de quinquilharia (como detesto "enfeite" de casa) que há em cima dos móveis.

Tremo só de pensar que há 555 janelas que nunca limpo direito... essas malditas.

Um dia de faxina é um dia de total mau humor, canseira, tristeza porque necessito fazer algumas coisas e meu corpo não mais me obedece. Nem a cabeça...

A cabeça quer voltar para os livros, os pitacos, as formatações, as análises, as orientações.
Como não posso fazer o que minha cabeça sabe bem e quer (e o coração, também, confesso), de vez em quando tiro um dia para fazer faxina na casa e esse dia me tira totalmente do prumo.

Gente sem prumo é gente deselegante, sem graça. Ou seja: já sou mesmo uma anciã!!!
Quem me abraça??


Um comentário:

Anônimo disse...

Rosanita!! Chorei de raiva por saber que você não pode fazer só o que gosta. Quanquilharias? Guarde todas!! Fiz isso quando passei a cuidar sozinha da S.D. e sabe quê? Nâo sinto falta de nenhuma delas.
Força amiga. Já sabe que eu sou a anônima.