Série: livro
Tão antiga quanto as memórias |
Introdução de textos ou livros é quase cascata porque ela foge, muitas vezes, de sua intenção genuína, para se transformar em: enchimento de linguiça, a fim de atingir determinado número de páginas (bem comum em trabalhos acadêmicos); pedidos de desculpas por possíveis injustiças ou ofensas; tentativa de justificar o injustificado. Mas ela pode, ainda e felizmente, existir pelo seu real motivo: apresentação de um texto.
No caso desta introdução, apenas o primeiro item, a ela não se aplica, pois a banca é minha e sou eu quem determina a quantidade de letras, frases, parágrafos e blablabláss... mas, do resto, nela tem todas as características que pontuei.
Pedidos de desculpas – como vou falar de vida: minha e de outras gentes, pode ser que eu pise na bola, seja injusta ou ofenda. Pode ser que sim, pode ser que não...
Tentativa de justificar o injustificado – como eu nunca me dispus a ser inteiramente verdadeira nas coisas que aqui relato, pode ser que eu aumente ou diminua fatos. Ou seja: nem tudo que contarei será verdade absoluta. Como eu não sou uma pessoa basicamente mentirosa ou invencioneira, na minha vida privada, nesta minha série eu me permitirei ser tudo isso e muito mais. É bom exercer esse lado fantasioso ou impostor. Mas cada babadinho que contarei terá um fundo de verdade: ou do lugar, ou das pessoas, ou de um fato, ou, ainda, de um sentimento qualquer.
Pelo real motivo de uma introdução - apresentação de um texto, segue todo o resto desta.
Sempre quis escrever coisas que me ocorreram mas que não fossem apenas relatos de dias atuais. Sempre quis buscar minhas histórias do passado. E no post "Um olhar que apreende" que postei no Guaraná com Canudinho, vi essa possibilidade em meio àquela brincadeira proposta pela turma. Quem sabe posso exercitar esse meu desejo antigo e que, muitas vezes, exercitei de forma fragmentada, tanto no Guaraná, como no meu blog (a "série nomes", por exemplo, tem muito desse aspecto). Mas eu queria algo junto, como num livro de contos.
Muitos afirmam - quase senso comum - que uma escrita se desenvolve melhor, na maioria das vezes, quando o escrevente (não vou dizer escritor porque não me incluo nessa categoria) passa por tristezas, dificuldades, medos, percalços. Olha, comigo não é bem assim: quando estou mais leve sou bem mais criativa, mais produtiva. Vou na contramão do senso comum. Só que quero mudar um pouco isso, já que a vida não muda....
Quero e preciso exercitar esse meu lado criativo em tempos de crises. É um desafio dentro do desafio do meu presente. Dele não vou falar diretamente porque é tão, mas tão complicado...
Dizem que nada é tão pior que não possa piorar. Tô caminhado pra isso. Há coisas terríveis (pelo menos pra mim é assim) acontecendo e decidi que enquanto minha vida existir e nessa crise, tentarei dar um nó nelas (vida e crise). E assim, para não ficar mais louca do que já estou é que vou me remeter a algumas lembranças, sentimentos e fatos de meu passado. E assim - porque não posso viver assistindo séries na TV, lendo livros, vadiando na internet e porque tenho que trabalhar muito mais do que antes já trabalhei na vida - pretendo achar uma brecha nos meus dias de luta incessante para escrever minhas recordações. Quem sabe nessas memórias eu descubro um fio de esperança?
Sem nenhuma espécie de compromisso: dia de postar, estilo de escrita etc., (estaria eu querendo não exercitar nenhum tipo de TOC? - vamos aguardar) quero mergulhar nessas memórias que, se não forem importantes para absolutamente ninguém, serão pra mim.
* E não, o post "Nova série: livro", não foi uma introdução do livro e sim da série. Entenderam??? É que sou assim mesmo: cAnfusa!!! rs
Um comentário:
Isso vai ser muito bom! Estarei por aqui, a espera de textos que sei, serão uma ótima leitura.
Manda ver!
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