segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Trinta e nove anos: a idade da saudade


Trinta e nove anos eu tinha quando vivi uma das fases mais interessantes e bonitas de minha vida, por volta de 1994/95, por aí e tento muita saudade desse período
Já falei sobre esse tempo no Guaraná com Canudinho e, confesso, vou bem utilizar o post quase todo pra contar esse babadinho.
Aos trinta e nove anos e na vida toda, ninguém é feliz ou infeliz o tempo todo já dizia eu mesma (quem ousa me desmentir? hum...rs).
Porém, creio que há algumas fases de nossas vidas em que somos mais felizes do que tristes. Digo de feliz porque eu só tenho saudade de coisas boas; das ruins, tenho lembranças.
Ainda era casada, tinha Marininha e Laurinha e trabalhava no Banco do Brasil.
Nesse período eu me apaixonei por outra pessoa (sim, não sou perfeita, mas nem sinto remorso, porque levei mais chifre na vida que boi...). Não foi basicamente uma paixão platônica porque ela foi falada, refletida e “trabalhada”, mas jamais efetivada. Não que eu não tivesse vontade, mas...
Foi numa época em que eu cuidava bem do meu corpo e saúde, me vestia legalzinho, trabalhava numa equipe bacana, minhas filhas estavam bem, e o marido nem aprontava (não que eu soubesse...).
O amor que senti por essa pessoa era um amor que me fazia bem. Em tempo algum eu sofri por isso. Eu cresci: na vontade de me tornar uma pessoa melhor; de ficar mais bonita, mais meiga, mais tudo... e penso que fiquei.
Sabe a pessoa que te elogia sempre? Te trata de forma diferente das demais? Era assim que eu vivenciava esse "relacionamento", não tinha como não me apaixonar. Foi um amor bonito, intenso, bacana e que existe ainda até hoje, com outra forma, mas existe e será eterno.
Nesse período, o Banco implantou aquele babadinho de qualidade total e tínhamos muitas palestras bonitas, participávamos de muitos eventos e “oficinas”. Não, não rolava isso de autoajuda, mas eram várias lances relacionados a uma forma de viver e se relacionar melhor com os colegas, o que se refletia no trabalho, claro. Havia uma troca constante de flores, poesias. As mais bonitas que eu recebia eram dele e as mais bonitas que ele mandava eram pra mim. Meio que precisei amar desse jeito, como amei nessa idade e fase saudosa, pra acreditar, de novo, que amor é pra ser feliz, mesmo sendo um amor quase platônico...
Tá, eu já havia tido amores felizes antes disso (inclusive com o ex-marido). A diferença é que nessa fase específica, esse amor feliz e bom veio junto à realização profissional, maternal e física.
Aos trinta e nove anos eu conheci o segundo grande amor de minha vida, que dura até hoje, de outra forma, mas sempre presente. Tá certo que ele nem anda tendo mais tempo pra mim, assim efetivo, mas sei que gosta e não me esquece.
Espero voltar daqui um tempo à fase dos muitos e-mails trocados, visitas diárias, contos e poesias. Aliás, precisamos terminar nosso conto iniciado.
Desde os meus trinta e nove anos é assim: ele pra sempre, mesmo esporadicamente ausente... Fazer o quê? É a vida: dele e minha; não nossa...

2 comentários:

Palmitos e Cogumelos disse...

Rosaninha que lindo isso...

Leidinha Matos disse...

Que legal!!! Adoro gente que se permite viver sem culpa. É assim que tem que ser... é assim que se deve viver!