terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quarenta e três anos e um novo mundo

Quarenta e três anos, quase final de 1999, foi quando me apresentaram, de forma mais efetiva, o mundo virtual, as redes sociais, os sites de busca, as vantagens e desvantagens do que hoje representa um aspecto indispensável na minha vida profissional e pessoal: a internet.
Eu tive um contato anterior e mais superficial com essa danada no banco onde eu trabalhava, pois lá havia intranet. Trocávamos, portanto, notícias e normas relacionadas ao trabalho e, também, rolava um ou outro e-mail particular.
Eu trabalhei, inclusive, no setor responsável pela distribuição das mensagens on-line. Outra colega e eu recebíamos mensagens das agências e diretoria do Banco e repassávamos às jurisdicionadas, aos setores e funcionários específicos.
E foi no Banco mesmo que conheci essa praga de correntes “internéticas” de gente que falava e escrevia emeio em vez de e-mail (eu chorava de rir...) e blablabláss.
Enfim, quando instalei a internet aqui em casa eu já conhecia o zoológico. Nem tive tanto medo de conhecer os bichos todos. Mas deveria.
Porque na internet eu conheci muita gente podre e me relacionei – infelizmente – com muita gente pobre. Não me refiro só a relacionamentos amorosos-sexuais-românticos; mas, também, e muito, inclusive... rs
Na internet e aos quarenta e três anos eu mais parecia uma adolescente que foi liberada para frequentar bailinhos depois de anos de castigo. Agora, imaginem a cabeça da criança (como diz Laurinha): caos total.
Há tantas histórias escrotas que vivi e conheci pela internet, vários absurdos. Cês não estão entendendo!! De amigos e romances. Passo!
Mas... aos quarenta e três anos eu também fui apresentada a um mundo de escritos interessantes, fotos belíssimas, sites de pesquisas primordiais e muita, mas muita gente boa, que sei ser pra sempre em minha vida. As mais queridas eu conheci por agora, nos últimos cinco, seis anos, talvez. Não vou citar muitos nomes por medo de esquecer algum querido, mas homenageio os guaranetes Rafa, Taffa  e Paulinha  (pra sempre guaranete e pra sempre): pessoas que conheci no virtual e se tornaram amados reais. Alguns são daqui de Patos mesmo, como o Taffa, mas foi a rede que permitiu essa aproximação. Outros moram super longe, como Rafa e Paulinha, mas não medem esforços pra me visitarem. (Ai de Paulinha se me der mais um bolo, mas isso é papo/cobrança pra outro post).
Percebo que a experiência virtual é meio parecida com a real, a gente vai aprendendo a separar o joio do trigo. Levei um tempinho, mas hoje já fico com um pé atrás em relação àqueles que dizem me amar, na primeira semana de teclada. Quase sempre é amor pra menos de um ano. Incluo aqui os “amores amigos”, não tem erro; peguei a manha e fico de butuca, só rindo e esperando o desfecho de tanto amor imediato. Mas né? Tem nada não, como diz Laurinha.
Aos quarenta e três anos eu acreditava que nada seria capaz de me surpreender mais que o fax. Tolinha eu!!
Se brincar, ainda por esses anos os meninos e meninas nascerão ligados a um chip e a um já formado grupo de “amigos”. Até aí tudo bem, eles só devem tomar cuidado com os vírus e os vermes... porque isso vão encontrar de sobra, infelizmente.
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