sábado, 16 de outubro de 2010

Vinte e três anos e... casada

Vinte e três anos eu tinha quando me casei; faltando quatro meses e pouco pra eu fazer os vinte quatro. Mas foram, então, com vinte e três, certo?
Com vinte e três anos passei a ser considerada uma mulher séria - não que não fosse antes, mas era assim que tratavam as moças casadas 'do meu tempo'. 
Faz uns trezes anos (uhhh numerozinho porreta) que me separei, assim de papel passado. É que depois, inovadora que só, inda namorei o ex-marido (mas isso é papo pra outro post).

Mas então, voltando ao casamento e a esse tempo em que eu era tão novinha e acreditava em vida a dois pratodaavida, sempre quando vou aos casamentos, como fiz hoje, fico pensando: será que os dois acreditam mesmo nessas promessas que fazem ali diante do padre - no caso de hoje e do meu - e dos convidados?? Ou, ainda, será que se esforçarão pra cumprirem essas promessas todas?
Apesar de hoje eu ser meio descrente dos casamentos, dessas juras e de alguns casais, torço pra que eles vivam eternamente juntos e felizes ou pelo menos se esforçando para...
De qualquer forma se não ficarem juntos que se esforcem para não falarem mal um do outro, principalmente para os filhos.
Sempre fui contra e fiz de tudo pra não ser alguém que fizesse parte dessa tristeza que é a tal alienação parental. Muito antes disso ser tão falado e virar, inclusive, crime de contra a honra (mas isso é papo pra uma produção acadêmica excelente ou outro post...) eu lutei pra que nem de perto houvesse vestígios de algo parecido comigo, o pai das meninas e elas. A outra parte fez o mesmo esforço, eu sei. Não somos de falar mal um do outro.

Aos vinte e três anos, mesmo tão novinha, eu tinha certeza de que o meu, então, escolhido marido era gente do bem. E gente do bem não perde nenhuma de suas qualidades porque fez uma ou outra besteira que resultou numa separação. Gente do bem tem defeitos e qualidades.
E hoje, reflexo daquela moça de vinte e três anos, tenho a honra de dizer: tenho orgulho do pai que escolhi pras minhas filhas. Tenho orgulho do homem que escolhi pra ser meu marido. Tenho orgulho do ex-marido que tenho. E foda-se quem nunca vai entender.
Porque quem não é de paz não o é com vinte três ou cinquenta e cinco anos. Um dó!

Um comentário:

Sr. Apêndice disse...

O legal é que apesar de saber qual é "a real" dos casórios (algo que certamente não se sabe ao todo com 23), tu ainda acredita no eterno blá-blá-blá do felizes para sempre... pelo menos para os outros! Vivendo e aprendendo, com 23 ou outras idades, hehehe...

Muito bom o texto (e depois tu não quer que eu encha tua bolinha, hehhe...)! Beijo :D