segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vinte e cinco e eis a Marina

Vinte e cinco anos eu tinha quando fui mãe pela primeira vez, no dia um do um de oitenta e um, dessa princesinha aí das fotos e, que atualmente, é a minha grandona.
Teria sido mãe por três vezes se não tivesse, entre Marina e Laura, perdido um bebê (mas isso é papo pra outro post...).
Diferentemente do que ouço por aí - normalmente em falas de artistas e outras pessoas que, a meu ver, são bem avoadinhas - o sol não ficou diferente pra mim, nem a lua, nem a brisa.
Diferentemente do que ouço por aí - vindo das mesmas fontes - não parei de querer o que sempre quis, nem de tentar ter, o que imaginava ser meu, por direito.
O que ficou diferente é que depois de Marina eu passei a pensar, quase sem interrupção, nas coisas que desejava e queria de forma meio secundária, mas continuei pensando e querendo.
Passei a acreditar que alguém dependia mais de mim do que de qualquer pessoa.
Outra coisa que ficou diferente é que sossego depois da primeira filha foi pra nunca mais; mas que, também, amor incondicional nunca houvera antes, que virei leoa, de ver-da-de. Porque filho é assim, você sabe dos defeitinhos dele, tenta corrigir e tal, mas ai de alguém que aponta isso pra você, sem cuidado de quem ama: é quase alguém morto. Inimigo. 
Aos vinte e cinco anos eu conheci a criança mais lindinha desse mundo de meu Deus. Não tinha pra ninguém. Marina era um doce desde que nasceu. Não dava nenhum tipo desses trabalhos grandes que ouço mães dizerem que têm e que tive, mas em quantidade bem pequena, com a Laurinha.
A Marina era de boa. À noite, Dedé trocava a fralda dela, trazia na cama pra eu dar de mamá; a bichinha mamava feito bezerra, dormia ali mesmo no peito e acordava só no outro dia, por volta de sete horas... Ia nos braços de qualquer pessoa, só fazia sorrir e cantar, raramente dava birra - como aparece numa dessas fotos da montagem.
Aos vinte e cinco anos eu passei um dos melhores períodos de toda a minha vida, e olha que tenho vinte e cinco, mais vinte e cinco e mais um pouco. É vida pra burro!!
Minha filha, que hoje tem quase trinta (tá véia em bichinha??),  fez parte, portanto, do período mais feliz de minha vida.
Tá certo que não houve nada dessa babaquice de sol brilhar mais, lua ser mais bela e brisa mais suave... 
A minha felicidade - apesar das colocações que deixei aqui sobre preocupações e nada tão assim, maravilhosas -, foi quase palpável, disso eu sei.
Devo a ela, a essa minha grandona... 

2 comentários:

Helô disse...

Coisa mais linda de se ler. ´$ incrível como a foto superior direita é parecida com uma que ela tem, já grandota. Filhota linda essa 'nossa'.

Rosana Tibúrcio disse...

Obrigada Helô!!!