segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Trinta e dois anos e adeus sossego

Trinta e dois anos ela tinha quando a primeira das bruxas apareceu na sua vida. E essa veio com uma carga de negatividade tão grande que se refletiu até o final de seu casamento que, entre trantos e barrancos e outras bruxas, durou ainda, mais alguns anos.
. 
Com trinta e dois anos ela experimentou o terror de receber em casa e no trabalho mais de dez ligações telefônicas por dia. E nunca soube de quem eram aquelas tantas vozes estranhas... e más. Sempre de mulheres: amigas da bruxa ou inimigas dela.
Interessante, ela descobriu que homens não se prestam a essa baixeza de telefonemas anônimos. A falta de dignidade deles está, como estava no seu então marido, em optar por trair com o que há de pior no mundo feminino.
. 
Aos trinta e dois anos ela foi apresentada ao desassossego e nunca mais foi feliz no amor. A bruxa deixou-lhe, também, como presente, um dedo podre...
.

Nenhum comentário: