terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dezessete anos e as gavetas...


imagem tirei daqui

Dezessete anos!
Ela afirmava a idade que tinha como se houvesse uma linha – peraí, não uma linha tênue, uma corda... uma ponte, melhor exemplificar assim –, entre a menina boboca de dezesseis anos e a, agora, moça esperta, de dezessete.
E assim foi um ano inteirinho.
Mexia e virava ela dava um jeito, como só os espertos sabem fazer, para que o assunto, seja em que roda fosse, passasse perto de algo que ela pudesse dizer: tenho dezessete anos.
Talvez por 365 dias ela tenha dito isso. Não... não... não vamos exagerar, por certo desses dias todos houvera uns dezessete que não tenha anunciado sua idade.
E olha que dezessete nunca fora um número daqueles que lhe despertava simpatia, como o cinco e seus múltiplos.
E por muitos anos, guardou na gaveta de memórias boas os dias desses dezessete anos. Tinha um namoradinho bacana, amigas legais.
Não morava num lugar muito interessante; mas... sabe-se lá quem é que, com dezessete anos, mora bem?
Nessa idade sempre se quer mais e mais: que o namoradinho seja mesmo um príncipe; que no trabalho seja a melhor, mais inteligente e que ganhe mais; que na roda das amigas se sobressaia e seja, mesmo, a insubstituível; que faça lindas viagens... são vários os “quês”... de quem acredita ser a melhor época da vida. Vários quês de quem acredita que esses quereres são de gente feliz. Acredita ser.
Porém, há sempre um porém, como dizia aquele saudoso amigo que conheceu, já com seus quarenta e tantos anos: dezessete anos de vida não são nada comparados a dezessete anos de vida de caa-saa-daa.
Dezessete anos, também, foi o tempo que durou um dos sonhos que teve, daqueles de ser feliz para sempre.
Dezessete anos guardados nas gavetas. Agora, duas: das memórias boas e das memórias ruins... como a vida é e tem que ser.
Como a vida, pra quem só tem dezessete anos, não passa nem perto do que será...


,

Nenhum comentário: