domingo, 21 de fevereiro de 2010

Paciência é uma arte

Paciência é algo que me pega. Definitivamente não sou uma pessoa paciente, mas sou também; e muito.
Complexo???

a arte da paciência numa tarde de sábado
Paciência ou a falta dela é sempre muito pra mim. Não tenho paciência pra pouca paciência; ou é ou não é, ou sou ou não sou.
A falta dessa danada pode e estraga muita coisa ao meu redor. A presença dela me torna uma pessoa especial pra muitos e acho bom. Gosto da paciência que tenho pra determinadas situações.
Sou extremamente paciente pra ensinar e pra entender as falhas, principalmente as originais, das pessoas. Reincidência, contudo, é algo que não aprecio muito (mas isso é papo pra outro post).Pra mim, a princípio, não tem essa de “ensinei como faz aquele serviço e ele não aprendeu”; “fulano não podia ter feito isso”; “ela não tem juízo”; “que moça indecisa, terminou com fulano e agora chora”; “ele não sabe que curso escolher, começou uma faculdade e quer abandonar”; “crianças não podem sujar a roupa, derramar suco na mesa, ter medo, ou quebrar um copo”. Pra isso e afins minha paciência é 100% para com os “imperfeitos”. E a impaciência vai junto, direcionada àqueles que não se colocam no lugar do outro. Aos adeptos de dois pesos, duas medidas.
. Por que alguns esquecem que um dia, ao aprenderem determinado serviço, acharam tudo muito confuso? Oww gente, fala sério, quando nos ensinam algo no trabalho, as informações são muitas, uma ou outra não será apreendida. Por que então dizer que o colega é burro? E quando você não aprendeu tudo como deveria ser houve falha de quem te ensinou? É isso? Que ímpio me dá ver/ouvir essas reações!!
. Você tomaria uma decisão acertada se tivesse o histórico da pessoa que agiu incorretamente segundo suas opiniões? Será? Pago pra ver!
. A profissão que você escolheu é realmente a que te realiza? Se pudesse voltar no tempo escolheria outra? Então, qual a dificuldade de compreender um jovem de 18, 20 anos que no primeiro período de faculdade quer desistir daquele curso? Tá, o dinheiro foi pro ralo, mas não é melhor perder essa grana que construir um indivíduo infeliz para o resto da vida?
. E isso de torrar o saco de criança que não age como adulto? Quem nunca fez uma “arte”? Quem nunca teve medo? Ah, tenha dó!!
Esses exemplos retratam uma das inúmeras impaciências que tenho: dois pesos, duas medidas; o não se colocar no lugar do outro.
A minha lista de impaciência (tô elaborando uma com 105 itens pra um futuro post, aguardem... hehe) é quase infinita, ela vai desde a falta de graça que acho de piadas inoportunas e imbecis com quem já morreu; passando por medição de sofrimento, infortúnios e dores - você diz: “fui furtada e me levaram...” antes de terminar e, em vez de te consolar, o outro solta essa: “nossa, uma vez roubaram o tênis do meu filho e blablablásss..." morra! – ao não honrar compromissos firmados com horários ou pagamentos (a tal palavra dada).
O certo é que travo uma luta diária para ser cada dia mais paciente, admiro os que são de verdade, porque fingir nem deve ser tão difícil assim; porém, nem pra fingir tenho paciência (mas isso é papo pra outro post...).
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Um comentário:

Rafael Freitas disse...

Aprenda comigo, mainha, que sou super paciente e quase não morro de "preguiça" com algumas pessoas!