terça-feira, 25 de agosto de 2009

Uma história com fim

Fiz de tudo pra esquecer: novena, roguei praga, pensei nas coisas imbecis que a pessoa falava e fazia; que eram tantas e mais que as menos imbecis (neste caso específico, eu falo mal sim do objeto do meu ex-sentimento e de mim. Afinal, eu não sou perfeita).
Eu me dei até um prazo pra esquecer: um ano será? Mas pensei “poxa 365 dias são muitos dias, vou diminuir esse babado”. Seis meses; nove
(um número bacana, tempo pra um nascimento; quiçá pra uma morte).
Passado um ano, tava eu sem esquecer. Assustada, pensei: “pronto, fedeu” (pra não dizer “fudeu”, pois sou moça séria e de boa família... arárá). O babado era bem mais intenso.
Me dei um novo prazo e nada. Todo dia; todo santo dia eu me lembrava e a cada dia meio sem esperança, dizia pra mim mesma: “né possível, ninguém merece”. Dois anos e nada!!
Nunca mais tive notícias, nunca mais ouvi a voz, nunca mais li uma nova linha (que fosse pra mim ou pra qualquer pessoa). Nunca nada!
E como assim, aquilo ali na minha cabeça todo dia, quase o dia todo? Praga de urubu ou feitiço de bruxa traída, só pode. Quem mandou “pegar” amor de outra?
É, a corretinha aqui também caiu nessa conversa: “vou me separar, meu relacionamento não existe há muito tempo e blablablá" era o que ouvia... arárárá. Separou? Ahh, tá!!
Até se separam, em alguns casos, mas nunca pra ficar com a “culpada”, podem acreditar. Experiência, do outro lado também, eu tenho... Owww vida ingrata!!! (mas isso é papo pra outro post).
Passei a rezar um “pai-nosso” a cada vez que me lembrava. E eu, pra rezar pai-nosso num momento desespero é uma coisa hilária. É de chorar de rir, apesar de dolorido. Vejam só um exemplinho: “Pai-nosso que estais no céu, ai meu Jesus Cristinho, faz favô, que eu não pense mais, me ajude a esquecer... santificado seja o vosso nosso... ninguém merece...” Sacrilégio!!
Cansada desses planejamentos todos - de forma e tempo - meio que entreguei pra Deus e decidi: “não vou decidir mais nada.”
E num é que deu certo?
Assim, do nada, descobri um belo dia que havia mais de uma semana que não pensava em... Ufaaaa, já não era sem tempo. Afinal, o que não é nada é pra ser, de fato, esquecido.
Vez em quando eu me lembro, mas como me lembro assim, de uma história. Uma história com fim.
Tenham fé, meninos e meninas que passam por algo parecido. Eu garanto que um dia a gente esquece e, muitas vezes, de forma bem mais rápida... (graças a Deus, porque ninguém merece essa demora toda).
Como diz meus filhos filósofos Nina, Rafa e Laurinha: “tudo acaba, até jabuticaba”.
.

7 comentários:

Jorge, FLÁVIA disse...

podia mesmo acabar tudo como jabuticaba, ahhh seria bem mais fácil...
Acho até que podia ter um remedinho que apaga aquele trecho da memória, igual um 'errorex'... rsrsrs

tu sabe do que falo, moça...

adorei o post.

bjão.

Jorge, FLÁVIA disse...

[fiquei imaginando vc e o Pai-nosso... ahahahahaha]

[e é um tal de faz o que eu falo e não faça o que eu faço... G-sus! rs]

Thiago Amâncio disse...

"tempo, tempo, mano velho..."

Laura Reis disse...

e caba memo.

[ounão]

Anônimo disse...

Suponho que só quem passa pela experiência sabe realmente como tudo isso acontece.

E eu admito que já passei por isso.

E pior, foi um daqueles amores platônicos e subentendidos, que doem e que demoram anos pra gente esquecer.

Mas hoje a minha história já possui um fim. Assim como a sua.

E Vencemos. Ou assim achamos que fizemos.

Réa disse...

Rosaninha Daninha
Sabe que não aguentei e vim até aqui?
Adorei a história com fim.Será que é de verdade?Tem que ser,tudo acaba um dia....
Beijos para a querida que sabe escrever e muito!!!
Réa Silvia

Rafael Freitas disse...

Pois é. Eu não esqueço. Lembro todos os dias. Não dói, mas lembro.

E no meu caso: tudo pira, até caipira.
rs