sexta-feira, 29 de maio de 2009

O caos numa tarde de domingo

Outro dia, conversando com minha irmã eu dizia que, no nosso tempo de infância, eu tinha a impressão que os ladrões eram mais profissionais. Não sei o porquê deles roubarem; sei que parecia haver um grupo mais específico pra essa atividade, um grupo que vivia de furtos e pronto.
Essa nossa conversa surgiu quando comentávamos a respeito do furto, ocorrido no início do mês de maio, de todos os documentos, celular e dinheiro de minha pititinha que se encontrava na casa de sua melhor amiga.
E eu dizia à minha irmã que na minha inocência de criança imaginava que esses "profissionais" tinham um jeito mais interessante para realizar seus furtos: tiravam as telhas da casa e dali pulavam pro chão; retiravam o que queriam e saiam sem bagunçar o ambiente. Eram profissionais e em menor número. Hoje em dia não, qualquer garoto entra numa casa e furta coisas e faz uma zona no ambiente.
E essa conversa ocorreu há dez dias apenas.
Acho que alguns amadores me ouviram, né-possível.
Se não me bastasse um BO na mão, por conta do roubo das coisas de minha pititinha, tenho já o segundo, e nesse o recheio é maior pois lista: laptop (recém comprado, e não todo quitado, pela minha grandona); gravador de DVD (que foi, seguramente, o melhor presente que já ganhei em toda a minha vida - dado por meu irmão mais novo); um DVD que tava dentro do aparelho (presente que trouxe de Brasília pra pititinha); celular da grandona; dinheiro que minha pititinha ganhou de aniversário; e, por fim (tem fim rs) a mala de Nina onde, por certo, os filhos-da-mãe colocaram todos os nossos ex-pertences. Saíram, de boa, pela janela arrombada e, espertinhos, foram empurrando uma mala de rodinha: bu-ni-tu!
Não me bastassem os BOs, tenho, no meu pensamento recorrente, não mais a linda imagem de Caê cantando em Brasília; agora, e não sei por quanto tempo ainda, há a imagem de uma casa com armários e gavetas abertas, mil coisas jogadas no chão, as luzes acesas: o caos. Minha sobrinha tirou fotos do ambiente, mas não coloco aqui pra não ser mais dramática que estou sendo, pois detesto.
Há em mim agora uma raiva tão grande desses amadores que se eu pudesse, se pudesse, melhor nem dizer...
Essa raiva não passa. E não é só raiva, é desânimo, uma descrença absurda no ser humano.
E hoje, nesse meu “Outras trilhas”, que nunca pretendeu ser vitrine pra sofrimento e revolta, eu me desnudo e digo: não tá sendo fácil... não esqueço essa merreca, a sensação que tive ao abrir a porta de minha casa e ver tudo jogado no chão e os espaços vazios onde estavam as coisas que eu pensei serem só nossas e que nos foram furtadas numa linda tarde de domingo.
Bando de vagabundos!!!!

4 comentários:

Vera disse...

Moça,

É verdade. Os bandidos de antigamente, só queriam roubar. Eram silenciosos, elegantes, finos. Os de hoje, são tão desastrados... e nada charmosos.

Mas não deixe de acreditar no ser humano. Temos solução ;-)) Creia.

Beijos.

Amar sem sofrer na Adolescência disse...

Rosana, adorei seu blog e suas colocações tão pertinentes. Ah, como adoro e sinto falta desta sua cidade!!! Linda Patos de Minas!!!

Rosana Tibúrcio disse...

Stella, já já te faço uma visita. que bom que gosta de Patos. É linda, sim.

Rafael Freitas disse...

Esse num dá nem pra comentar...