quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vou esganar o Jô

"As esganadas" e a agenda que ganhei de Priscila.

Estava louca para ganhar o livro novo do Jô Soares - porque tudo ganhado é melhor - e ganhei. Priscila, minha amiga mineira que conheci pelos blogs da vida e por quem dedico maior carinho, foi quem me deu, além de uma agenda, também. Aliás, não foi o primeiro livro que ganhei de Pri. Ano passado, além de me dar agenda que utilizei 2011 inteirinho, ela me presenteou com "Mulheres alteradas 3" de Maitema. Amei.

Mas não é desse livro que quero falar agora. Quero falar de "As esganadas".

Olha, sinceramente? Pelo barulho que Jô fez no programa dele, esperava coisa melhor. Bem melhor. Não que o livro seja ruim, mas não me surpreendeu.
Nada a ver com o fato do livro revelar, no início, o assassino das gordas comilonas (há gorda que não come? Me apresente, por favor), mas tudo a ver com o desenrolar da trama. Comum ao extremo.

Explico melhor: eu faria um livro parecido, de boa. Claro que tem aquele lance que Jô Soares adora, que é pesquisar a história de determinado lugar, em determinada época. Foi isso que ele fez. Pesquisou Rio de Janeiro, sobretudo no que se refere às artes, na década de 30 do século passado. Como eu não gosto muito de história, isso não me pegou. Tá, sou inculta. E você que faz turnê em sites pornôs? (cinco anos, eu tenho quase sempre hehe).

Acontece que além da história andar de forma óbvia, inclusive a captura do assassino, há no decorrer do livro várias situações que Jô tratou no programa dele umas 555 mil vezes. Como, por exemplo, o fato dum personagem do livro não usar cuecas: Jô não usa cuecas; o fato dum cara lá falar para uma mulher que ela era linda, ela retrucar que não e ele perguntar se ela, também, achava que precisava - assim como todas as mulheres - de emagrecer dois quilos: Jô sempre fala isso no programa dele.

Por que reclamo dessas situações repetitivas? Porque perderam a graça, estão batidas. Eu assisto ao Programa do Jô sistematicamente. Há anos. Já ouvi isso de mais.

Então, apesar de ter amado meu presente, (Pri, sua linda, um beijo) achei o livro "As esganadas" o pior livro do Jô que eu já li, e que tenho. Só não tenho e nunca li - eu me recuso a ler livros emprestados - "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" Aliás, quem quer me dar um exemplar? Grata, seus lindos!!! Serei uma pessoa bem mais feliz com esse presente.

Não é que eu não recomende a leitura de "As esganadas". Dá pra ler rapidinho, tem início, meio e fim, letras graúdas (apelei hehe), linguagem até simples, exceto por uma ou outra palavra complicadinha - porque senão não seria o Jô né minhas gentes? Jô precisa contar que sabe e eu amo o gordinho mesmo assim. Aliás, eu posso falar mal dele, vocês não. Não comigo. Eu brigo!!!

O que me pegou mesmo - quanto ao aspecto negativo do livro - foi a certeza de que qualquer outra pessoa escreveria a historinha (não falo aqui da pesquisa histórica - isso dá trabalho e é sério porque sei) das esganadas; pensaria aquele enredo, sacumé? Inclusive eu.

Por essa então, Jô Soares, seu lindo, é que queria te esganar.
De raiva.

Nenhum comentário: