sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um conto inacabado...


Eles vivem uma linda história de amor, como se fosse um conto. E não se trata, na história deles, de um conto de amor-sexual-romântico-erótico ou coisa do gênero. Até poderia ser, mas nunca foi nem é.
Eles vivem apenas um conto de amor possível entre um homem e uma mulher que se amam e se admiram de uma forma muito intensa e mais simples que se possa imaginar.
Depois de alguns anos separados eles voltaram a se encontrar todas as semanas. Era tanto o que falar que, só falar, não bastava. E passaram a trocar e-mails diários. Havia uma necessidade urgente de ler coisas um do outro.
E ele criava vários textos; pedia suas impressões e ela opinava. Ele repetia sempre: “você aguça minha criatividade”. Ela gostava.
Um dia, em meio a tantos contos e poemas dele, houve uma proposta: “vamos escrever um conto juntos?” Apesar do susto – afinal, ele era o pretenso contista e poeta – ela aceitou o desafio, na hora. E começaram.
Ele escolheu o tema, escreveu os dois primeiros parágrafos e mandou pra ela. O conto tinha um estilo de conto de amor-sexual-romântico-erótico; com um título provisório de duas palavras apenas. A primeira delas: fetiches.
Ela escreveu outros dois parágrafos percebendo que aquilo poderia ser uma brincadeira de gato e rato... pois sentiu vontade, já no início do conto, de mudar o curso do roteiro que ele traçou; sem deixar, contudo, de perder o contexto de um conto de amor-sexual-romantico-erótico... só que, mais do jeito dela.
Porém, por detalhes técnicos da vida, eles precisaram se separar novamente e não se sabe por quanto tempo, dessa vez.
Agora, não se veem mais todas as semanas, não há mais e-mails diários: o conto foi interrompido.
A linda história de amor deles, não. Essa é pra sempre: nem o tempo, nem a distância, colocará fim no que os dois contistas sentem. Pra eles, o conto que vivem, é intenso, verdadeiro e sempre, sempre eterno.

4 comentários:

Priscila disse...

"Eles vivem apenas um conto de amor possível entre um homem e uma mulher que se amam e se admiram de uma forma muito intensa e mais simples que se possa imaginar."

Nossa, até parece que fui eu que escrevi isso. Belíssimo conto, é isso que eu chamo de "amor maior". Lindo, lindo, lindo...

A "sainha" volta quando eu tiver coragem de mostrar as minhas próprias pernocas, que estão mais brancas que corretivo, rs.

bjos! um ótimo final de semana para vc.

Laura Reis disse...

aiai.. coisas intermináveis..

Anônimo disse...

Terno!
cuti cuti...

E ultramoderno!

Rafael Freitas disse...

Pra eles, o conto que vivem, é intenso, verdadeiro e sempre, sempre eterno.

Como devem ser os abraços quando se encontram.