Esses dias* eu estava organizando meus contatos telefônicos num novo aparelhinho que comprei (eu e meus detalhes inúteis, mas reparem só: eu sou assim e ponto...) e, então, escolhia um determinado toque pra fulano, outro pra ciclano. Separava essas pessoas em grupos também, como todos sabem fazer e fazem.
E fiquei eu cá, com meus botões, pensando: como eu, você e você temos o hábito de idealizar um amigo ou namorado com determinadas características, né? O toque é aquele e, quando ouço, já sei: é fulano. Mas isso, isso assim tão certinho, só dá certo pras coisas mais técnicas, não é mesmo, minhas gentes?
Como eu, você e você estranhamos quando alguém não corresponde àquele toque esperado...
Aceitar o outro como ele realmente é, e não à nossa imagem e semelhança (nos sentimos deuses ao personalizar determinada pessoa de quem gostamos ou achamos que gostamos), não é muito fácil. É dificílimo, aliás.
Eu só sei ser amiga de verdade ou namorada de verdade se eu puder ser verdadeira... ser livre, ser eu mesma. Comigo não rola os tais: "pode falar isso", "não pode aquilo", "ação liberada", "ação censurada".
Se for pra ser assim, pra seguir exatamente o que o outro espera de mim, nada além, nada aquém, prefiro fazer só parte de um grupo específico em determinado celular e ter um toque qualquer que me identifique em meio a tantos amigos ou namoradas ou ex-amigos ou ex-namoradas...
*texto publicado no meu ex-blog em 2006...
2 comentários:
Concordo em gênero, número e grau!
É tão simples, cada um é do jeito que é. Não gostou? Sorry, a gente se encontra na próxima reencarnação.
(é que me deu um impío de gente que tenta me personalizar, tipo fala mais baixo, não fala isso que não combina com vc e blablabla)
bjos!!!
(Arrasou nessa nova ilustração, hein?! Chique no último como alinda dizem por aqui, kkkkk)
"Eu só sei ser amiga de verdade ou namorada de verdade se eu puder ser verdadeira... ser livre, ser eu mesma. Comigo não rola os tais: "pode falar isso", "não pode aquilo", "ação liberada", "ação censurada"."
Num tem outro jeito, né não?!
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