quarta-feira, 3 de junho de 2009

De grupos, subgrupos e subgrupinhos


Isso de viver em comunidade é muito interessante. Instigante, pra ser mais precisa.
Os grupos vão se formando e não há como evitar esse fato. E dentro dos grupos, os subgrupos e, quiçá, os subgrupinhos.
Fazemos partes de vários grupos (dãnnn, adoUUro explicar o óbvio): o familiar, o escolar, o de lazer e blablablásss. E sempre há, nesses grupos os subgrupos que se formam por “ene” motivos, além do principal; sendo o mais comum, na minha forma de entender, a compatibilidade de pensamento dentro daquele outro pensamento ou desejo maior. E existem, infelizmente, os subgrupinhos e nesses - também na minha forma de entender essa merreca de assunto – há só olhos que olham pros próprios umbigos e, o que ainda é pior, uns furando os olhos e os umbigos dos outros (mal-da-de...rs).
Mas o que eu acho mais instigante nisso tudo é como as pessoas reagem diante das outras que não comungam o mesmo jeito de pensar. E como se fecham – e quase sempre se dizem tão abertas ao novo – a um outro jeito de compreender fatos ou, o que é pior, como se fecham aos demais.
Não quero me fazer de a-mulher-mais-reta-do-mundo, mas eu sempre me preocupei com essas coisas. Sempre orientei minhas filhas a se aproximarem daqueles que, por um ou outro motivo, estão excluídos.
A última vez que fiz isso, de uma forma mais intensa, nos rendeu uma amizade linda que dura há mais de cinco anos. E, tanto minha filha que estava mais envolvida na história lá no colégio dela, quanto a amiga e o amiguinho que estavam aqui em casa no dia em que eu os orientei a se aproximarem daquela colega que estava sendo preterida, quanto eu e minha outra filha só ganhamos com isso. Passamos a conviver com uma menina alegre, linda – não só fisicamente – e com ideias interessantíssimas. E hoje essa menina brilha por aí nesse mundo de meu Deus e é nossa amiga. Fico pensando naqueles lá do grupo dela que se fecharam em subgrupinhos impedindo sua permanência de uma forma bacana.
E assim, tenho feito ao logo da minha vida. Sempre procuro introduzir o preterido ao grupo em que eu estou e... tem dado certo.
Só que essas questões eu percebia e sentia mais no tempo de adolescente e jovem, tanto meu, quanto de minhas filhas, quando a personalidade ainda está se formando.
Mas geeeeenteeeeeee, os adultos são piores pra isso de se fecharem em subgrupinhos e os vejo como aqueles mesmos adultos que nos oferecem uma carona, por exemplo, e conversam assuntos que são de compreensão e interesse apenas do motorista e do passageiro ao lado. Por mais que o caroneiro tenta entrar na conversa ou se fazer notar, não há olhar ou atenção pra ele. Então, por que a carona?
Então, por que convidar pessoas para participarem de um grupo se nunca ou quase nunca elas são ouvidas? Ou percebidas, o que é pior...
Já participei de grupos assim, em que eu cutucava, cutucava e ninguém sentia. Em que eu empurrava um pra cá e outro pra lá tentando fazer com que me notassem. E é interessante, pra não dizer engraçado, ver aquelas pessoas todas se mostrarem, cada uma mais que a outra, cada uma querendo saber e se achar mais que as outras e você ali, em qualquer tentativa de aproximação, ver rostos virando para o lado e o assunto entre eles continuar.
Se hoje me acontecesse algo parecido eu não mais sofreria e muito por gosto ficava no tal grupo, cutucando ou só observando os subgrupinhos... só pra ver que fim ia dar.
Mas entre jovens e, sobretudo, adolescentes, isso é muito sofrido. Sofri ontem com uma mãe que me contava o que está acontecendo, atualmente, com seu filho.
É importante que os pais observem se seus filhos não estão sendo deixados de lado e procurem saber o porquê disso. Talvez seu filho seja uma mala, talvez haja váriasssssss malas e seu filho é que é o bom. E a orientação melhor que eu vejo, na minha forma de compreender grupos e gentes, é ensinar a seus filhos que um integrante do grupo que, a princípio, não tenha nada pra dizer, tenha muito a oferecer: só abrir os corações, eliminar os subgrupinhos e se colocar no lugar do outro.
É isso!!

9 comentários:

Carlos disse...

Nem sempre as pessoas estão dispostas a mudar seus contatos e acho que nem é por maldade sabe Rosana? É por medo do novo.
Eu ahco isso que vc falou sobre carona mto interessante e me vi numa situaação dessas hoje mesmo. me senti um lixo.
Parabéns, gostei de seu blog.

Luiz Castello disse...

Rosana querida.
Tanto tempo longe do Outras Trilhas,,, Comecei a ler de cima pra baixo, e meus sentimentos foram descendo junto.Inicialmente pensei em brincar, perguntando qual subgrupinho voce pertence lá no yahoo-OeP, e qual seriam seus planos pra tirar o "cara do sertão"do ostracismo, hehe.
Mas, a indignação tomou conta de mim, com a invasão de privacidade, promovida pelos amigos do alheio em sua casa.
A perda de bens materiais, pra nós que suamos a camisa é terrível.Passei por isso, no dia do meu aniversário, há 2 anos, quando levaram o carro, com tudo que eu e minha esposa levávamos. Nem meu teclado os safados deixaram.
Parece que forças anti-sociais, estão querendo boicotar o nosso bom humor. Esse final de semana fui sacudido por uma noticia tristemente rotineira nas grandes cidades,e escrevi um post-protesto lá nos "peregrinos".
E como eu gostaria de poder aplicar a merreca do "poderia ser pior..."
No caso do meu amigo, o que poderia ser pior do que perder estúpidamente um filho, na flor da idade ?
Beijo fraterno do Castello.

Luiz Castello disse...

Oi Oi Voltei !
Pra dizer que esses sarnentos, jamais conseguirão subverter nossa natureza alegre.
adoUUro nossas sincronicidades !
Existem duas frases que abomino,e que estão de standby, para futuras postagens lá nos "peregrinos".
Se forem idênticas às suas, vou voar sôbre seu pescoço, hehehe...
Fica relax, o dia em que eu pular no seu pescoço vai ser pra ti dar um beijo fraterno, hehe.
Castello.

Rosana Tibúrcio disse...

Olá Carlos. Novo por aqui. Volte sempre. Concordo com você sobre isso de "não maldade" é só egoísmo mesmo. A maldade é meio pensada, programada na minha forma de entender, e dela pode haver, inclusive, arrependimento. Agora, o egoísta nunca se arrepende, ele acha tudo muito natural.
Nesses casos e tantos outros eu lido melhor com a maldade.
Vai entender!!

Rosana Tibúrcio disse...

Castello, sabe que lá no grupo OeP eu não pertenço a nenhum subgrupinho?
Bom, talvez o de leitores... hehe Lá eu me sinto até bem, vejo o povo muito feliz e de uma felicidade que só contagia. hehehe (maldade!!)

Rosana Tibúrcio disse...

Nem me fale nisso de furtos e tal. Imagino o que é perder um carro. Eu não me conformo e isso de mudar minha rotina, adquirir mais um TOC (não voluntário) tá me acabando. É um tal de verificar as janelas e portas por mais de 900 vezes. Mas quando os fdp querem arrombar nada segura esse turminha do mal.

hahaha
Vamos ver se minhas frases são parecidas com as suas. Tem quase seis meses que tô coletando as bichinhas...
Obrigada pela visita e sinto tanto, pelos seus amigos que perderam, seguramente, mais que nós.

Thiago Amâncio disse...

Ah, Rosaninha, como passo pela adolescência agora, vejo muito disso; e o pior, com um irmão entrando nesta fase agora, vejo como isso começa, e tento orientá-lo mais ou menos como você fez com suas filhas. nunca fui o mais popular não, mas sempre tive meus amigos, e sempre procurei também abrir espaço àqueles que era excluídos de todos os subgrupos (os quais, abomino, apesar de reconhecer que estão presentes em todos os lugares).
Ah, a propósito, o link do blog mudou: http://friquecomigo.blogspot.com/
depois dá uma passadela lá, beijocas!

Thiago Amâncio disse...

digo, abomino os subgrupinhos

Rafa disse...

Acho que já participei do grupo dos excluídos.
Primário, orelhas gigantes, a sra sabe, né?!
haha