sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

De amigos e amigos

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Com alguns amigos eu tenho uma liberdade absurda, falo o que quero e, sobretudo, quando preciso, sem pensar se vou "torrar a paciência". Sempre dá certo.
Com outros amigos, muitas vezes eu levo horas ou dias pra poder desabafar alguma coisa... nem sempre dá certo.

Ocorre que, inúmeras vezes, não quero pedir alguma coisa assim muito difícil. Só uma mão pra atravessar a rua, o ouvido pra me ouvir e depois quem sabe, me aconselhar, ou ainda, os olhos pra me ler e devolver outras tantas letras dizendo que está comigo ou que me entende. Às vezes, só quero um "cuidado", assim, daqueles que suavizam o medo da vida. 

Neste início de 2011 eu esbarrei em três diferentes amigos, nessas três diferentes situações. Não recebi nada do que precisava. Só pra ilustrar, hoje de manhã fez uma semana que, corajosamente, depois de pensar mais de duas horas, pedi pra uma amiga vir aqui me dar a mão (você veio????).
Sei que o problema é meu porque fui eu que criei expectativas, mas é triste perceber que num dos momentos mais difíceis de minha vida eu fui buscar ajuda pra quem nada tinha a me oferecer.

Mas... a ajuda tava do lado, graças a Deus, ou junto, a vida toda e pra vida toda e veio sem eu pedir. Vieram mãos, ouvidos, olhos e mais algumas coisas com as quais eu nem contava.

Definitivamente eu não sei viver sozinha, muito menos decidir algumas questões basicamente técnicas, mas que se refletem fortemente no meu emocional. É bom ser livre, mas com uma mão pra me ajudar na travessia é infinitamente melhor.

À minha família:  pai, irmãos, filhas; aos meus amados amores: Filhote Rafa e Paulinha (como eu aluguei vocês dois com meus e-mails e telefonemas) os meus melhores pensamentos e muito, mas muito obrigada!! 
Por causa de vocês é que hoje eu estou melhor, mais segura e sei não estar sozinha...nessas trilhas... 

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