quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Jogue-o-que-não-presta-fora: é tempo.

O exerciciozinho alfabético aqui do Outras Trilhas acabou antes de ontem.
Ontem cuidei de postar uma lista de coisas inúteis a meu respeito e hoje não vou falar coisa com coisa (novidade).
Hoje estou no estilo organização infinita de coisas-que-já-deveriam-estar-no-lixo-e-ficam-enchendo-o-meu-saco. Essas organizações me dão uma noção mais exata de que o tempo passou, e que passou mesmooo, sem volta.
E no ritmo "jogue-o-que-não-presta-fora" tô eu, desde cedo nessa murrinha.
E lá se foram mais de dois sacos pro lixo. Mas não dois "sacos" saquinhos; dois sacos sacões.
E eu me pergunto: "como aparece gente, assim do nada, pra achar algo que presta dentro do que não presta?" Esses seres catadores de lixo parecem cachorros (sem nenhuma intenção de ofender, nem os cachorros, nem os catadores) pois têm faro do "cão"... hehe
Coloquei o primeiro sacão lá na lixeira mais cedo e nele havia, dentre tantas preciosidades, dois teclados velhos (agora, eu me pergunto: "por que eu guardava dois teclados velhos?" Vai saber!!); porrada de revistas inúteis; apostilas em desuso há mais de 5 anos; disquetes (?!?) e outros 235 objetos (alguns, inclusive, não identificados).
Agora mesmo, cerca de meia hora mais ou menos, coloquei o outro sacão e num é que já veio uma mulher - assim, também do nada - fuçou no dito cujo e carregou mais da metade que encontrou lá? E tinha de tudo: fita velha de vídeo cassete estilo "como aprender word, windows e blablablá em tantas horas"; inúmeros títulos quitados (esses devidamente rasgados - adoro rasgar coisas); pratos de isopor e mais outra porrada de coisinhas.
Agora eu tô ali, num dos armários da copa onde eu guardo remédios pra destruir o que também não vale mais. E tome outro sacão na lixeira pra daqui uma hora, mais ou menos. E depois da arrumada na farmácia passo pra esta sala aqui e vou tentar organizar o armário onde eu guardo meu material de livros personalizados e os materiais dos trabalhos monográficos. Vamos ver, vamos ver...
Inda pretendo, antes do dia terminar, tomar um banho dos deuses, lavar a cabeça e tirar essa inhaca de poeira e velhice que grudou em meu corpo na hora do “jogue-o-que-não-presta-fora”.
Penso que amanhã volto ao alfabeto (a missão).
Gostei daquela brincadeira, bem mais leve que essa – e que também limpa... ahhhh limpa!!
Naquele exercício eu também pude analisar o meu tempo: o tempo de minha vida que já não volta mais...

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5 comentários:

Helô disse...

Pense no lado bom de tudo isso: se vc não tivesse guardado tanta tranqueira (se vai pro lixo é tranqueira) sabe o que os catadores iam pensar de você? "Eta mulher murrinha que nunca joga nada fora! Eu, hein?"

Helô disse...

Mas o melhor de tudo é o banho dos deuses depois da faxina. Bjs

Jorge, FLÁVIA disse...

Por mais cansativo e sujo que isso seja, de vez em quando é bem bom jogar esse monte de coisas fora e até uns sentimentos que ficam em alguns objetos né, preciso fazer isso com algumas coisas que não deviam mais fazer parte do meu espaço, mas nesse caso ainda me falta coragem de sentimento, se é que me entende...
Mas já deixou alguns catadores farejadores felizes ué e o banho merecido você já tomou também e todos foram felizes para sempre... rs
ah, quero saber desses livors personalizados, seria scrapbooking? adoUro... rs
bjo.

Luara Quaresma disse...

Voce escreve muito bem :)

Anônimo disse...

A sra já sabe como funciona isso comigo, né?!
Jogo tudo fora, inclusive as lembranças ruins junto com o material tangível indesejado.

rs